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Brasil e China avançam em parceria para novo satélite geoestacionário CBERS-5

Entre os dias 31 de março e 4 de abril de 2025, uma comitiva brasileira esteve na China para tratar dos próximos passos de um projeto espacial estratégico: o CBERS-5, satélite meteorológico e ambiental desenvolvido em cooperação com instituições chinesas. A missão representará um avanço significativo na capacidade de monitoramento climático e previsão de eventos extremos em toda a América do Sul.


Representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), chefiada pelo Chefe de Gabinete do MCTI, Rubens Diniz.
Representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), chefiada pelo Chefe de Gabinete do MCTI, Rubens Diniz.

Cooperação internacional em prol do clima

A delegação brasileira foi composta por representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Liderada por Rubens Diniz (chefe de gabinete do MCTI), a equipe também contou com o diretor do INPE, Antonio Miguel Vieira Monteiro, o coordenador de engenharia espacial Adenilson Roberto da Silva e o meteorologista Gilvan Sampaio de Oliveira.

Durante os encontros com parceiros chineses, foram definidas as bases para a continuidade da missão, reafirmando o compromisso dos dois países com o desenvolvimento de tecnologias estratégicas voltadas ao monitoramento climático, detecção de eventos extremos e acompanhamento das mudanças globais.


Etapas técnicas e próximas ações

A missão resultou na consolidação de entendimentos fundamentais que serão detalhados em futuras reuniões técnicas. Um dos desdobramentos esperados é a vinda de uma comitiva técnica chinesa ao Brasil, que visitará instituições-chave para o desenvolvimento do CBERS-5, incluindo instalações do INPE e da AEB.


O que é o CBERS-5?

O CBERS-5 (China-Brazil Earth Resources Satellite) será o primeiro satélite geoestacionário da série CBERS, resultado de mais de 25 anos de colaboração entre Brasil e China no campo de satélites de observação da Terra. Sua principal missão será fornecer dados meteorológicos e ambientais em tempo real, com capacidade de cobertura contínua do território brasileiro e países vizinhos.

Essa capacidade será essencial para:

  • Aperfeiçoar previsões meteorológicas;

  • Monitorar tempestades, secas e inundações;

  • Apoiar ações de defesa civil e agricultura;

  • Acompanhar indicadores de mudanças climáticas.


Importância estratégica

Assinado em junho de 2024, o acordo CBERS-5 marca a entrada do Brasil no seleto grupo de países com capacidade de operar satélites geoestacionários. Isso garante maior autonomia tecnológica em áreas sensíveis como previsão do tempo, vigilância ambiental e resposta a desastres naturais — um tema cada vez mais crítico diante dos efeitos das mudanças climáticas.

Além disso, o projeto está alinhado com as prioridades do governo federal de fortalecer a infraestrutura científica nacional e integrar o país às grandes redes internacionais de monitoramento climático.


Histórico da cooperação CBERS

Desde 1999, Brasil e China já lançaram juntos os satélites CBERS-1, 2, 2B, 3, 4 e 4A, além do CBERS-6, que está em fase de desenvolvimento. O CBERS-5 reforça essa trajetória de sucesso e aprofunda a cooperação em novos níveis de complexidade tecnológica e impacto ambiental.


Referências

Agência Espacial Brasileira – AEB (2024). Relatório Técnico de Missão à China – CBERS-5.

CUI, P. & LI, J. (2020). China-Brazil Earth Resources Satellite Program: A Model of South-South Cooperation. Acta Astronautica, 170, 475–483.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (2024). CBERS-5: Missão de Cooperação Internacional Brasil-China.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI (2024). Agenda Internacional de Cooperação Espacial.

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REFERÊNCIAS

Atek et al. (2023). The James Webb Space Telescope reveals the central role of low-mass galaxies in the reionization process of the Universe. Sorbonne Université. Disponível em: http://sorbonne-universite.fr

 

Endsley et al. (2022). A JWST/NIRCam Study of Key Contributors to Reionization: The Star-forming and Ionizing Properties of UV-faint z~7-8 Galaxies. arXiv:2208.14999. Disponível em: https://arxiv.org/abs/2208.14999

 

Llerena et al. (2024). Physical properties of extreme emission-line galaxies at z ∼ 4–9 from the JWST CEERS survey. Astronomy & Astrophysics. Disponível em: https://www.aanda.org/articles/aa/abs/2024/11/aa49904-24/aa49904-24.html

 

Mascia et al. (2024). New insight on the nature of cosmic reionizers from the CEERS survey. Astronomy & Astrophysics. Disponível em: https://www.aanda.org/articles/aa/abs/2024/05/aa47884-23/aa47884-23.html

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